Beijing, Beijing, tchau tchau?

Foi esse o texto usado na campanha publicitária da Rede Record após o final da Olimpíada de Pequim, lançando uma indireta à Rede Globo, pois, como sabemos, a próxima Olimpíada é exclusividade do canal dos bispos. Mas, agora, "abrasileirando" a frase, e retomando seu formato original, o SBT pode usá-la como o boa e velha frase de despedida de Xuxa: Beijinho, beijinho, tchau, tchau. O "A caminho da liderança" da Record acaba de regredir a estaca zero. Segundo a coluna Ooops, em agosto o SBT retomou seu posto de vice-líder na média Brasil. Ou seja, um tremendo golpe para a arrogante e prepotente Record, àquela que deixou de apostar em qualidade e hoje faz do sensacionalismo sua bandeira para desbancar a Globo. E pensar que essa mesma rede de TV exibiu programas como o Tudo a Ver e a novela Essas Mulheres. Pensando bem, é aquela velha história da Rede TV!, que "chegou, chegando", e, logo em sua estréia, amedrontou as concorrentes mais velhas. Chegou até a usar o slogan "a rede de TV que mais cresce no Brasil". E cresciam, realmente, com qualidade. Contudo, preferiram o caminho mais fácil e todos sabemos o resultado. A Record segue o mesmo caminho, e é visível que não é o da liderança.
Acabei de assistir ao Mais Você. Adoro a Ana Maria, mas ela conduzindo esse reality Super Chef é bem ruinzinho, ela não tem desenvoltura pra esse tipo de quadro, quem salvou foi o Louro. E outra, que mania chata ela tem de fazer perguntas super indiscretas para os convidados? Fico com vergonha por eles. Outra coisa, ontem me atrevi a ver uma cena "Daquilo". O que é isso? Tirando alguns atores, a grande maioria do elenco é tenebrosa, atuações pífias, texto idem, parece mesmo diálogo de briga de criança. Fico indignado ao chamarem aquilo de novela, pois novela pra mim é uma coisa bemmm diferente. Pra mim é um, digamos, documentário surrealista.

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Sempre Lilia

Não me recordo de um personagem ruim de Lilia Cabral. Mas fica a dúvida: os personagens que nunca foram ruins ou ela que sempre foi muito boa? A Catarina causa um sentimento de pena e ao mesmo tempo de raiva, por querermos que ela caia na real e perceba que não vive um casamento feliz e que, por conseqüência, ela não vive, vegeta. Isso tem muito na vida real, a gente sabe. Contudo, além desses sentimentos ruins, também sentimos muita coisa boa por ela. Ela é simpática, atenciosa, tem um ótimo coração. Esta aí pra provar a filha grávida que ela acolheu.
Mas no capítulo de ontem de A Favorita voltou àquela minha questão: o que fazer com um prêmio de melhor atriz de 2008? A cena em que Estela vai até sua casa para conversar e ela tenta, ainda assim, dizer que o marido é daquele jeito com todo mundo, brincalhão, e é surpreendida pelo vestido que a Estela havia ganho.. é até difícil explicar. A atuação da Lilia é impecável, foi convincente demais. Apesar de tentar disfarçar, o sofrimento de Catarina era visível. Ela tem o dom de "engolir" esse sofrimento. Você ri, chora, volta a se divertir, e tudo ao mesmo tempo com a personagem. Ontem, em determinado momento, dava pena vê-la - especialmente quando se declarou ao marido e foi novamente agredida moralmente. Aí ela vai toda bobona até o restaurante, faz amizade com a Estela e tudo mais, e, como se não bastasse, parecia uma criança pedindo cuscuz. Tudo isso pra repetir: num prêmio de melhor atriz, fazemos o que? Eu nunca tive tanta dificuldade para fazer essa escolha.

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