Gravidez inesperada de atriz é aproveitada em 'Os Mutantes'

A gravidez da atriz mineira Nanda Ziegler, 26 anos, não a afastou das gravações de Os Mutantes. A forma inusitada encontrada por Tiago Santiago de dar continuidade à trama foi aproveitar a gravidez real da atriz para criar uma nova temática. O novo lema da novela "Salvem os bebês, salvem o mundo", agradou tanto que, segundo a própria Nanda, seu personagem cresceu e ganhou foco. A Bianca, vivida pela atriz nesta segunda fase da novela, agora com poderes telepáticos para conversar com o seu bebê, se transformou em uma guerreira. "Acho que toda mãe é forte, e a Bianca tem isso. Ela não vai deixar ninguém fazer mal a Juno, sua filha", diverte-se. E confidencia, a maternidade, tanto na vida real, quanto na televisão, a deixou batalhadora. "Nisso eu e Bianca somos parecidas. Estou aprendendo com ela essa coisa da força da maternidade", brinca. Apreensiva com a gravidez inesperada, e ansiosa com a continuidade do trabalho, a atriz, no entanto, arriscou. O resultado de seu trabalho é hoje um dos focos principais da trama; já que a temática principal é embasada na preservação dos bebês. "Eu estava no início da minha carreira na televisão, quando me vi grávida, pensei, o que vai ser agora? Será que vou conseguir trabalhar?", lembra Nanda. A atriz diz que não considera o tema piegas, já que as crianças são - e sempre serão - o futuro. "A criança representa esperança. Cuidar delas é nossa obrigação, então, salvem os bebês", brinca, com ar de serenidade. Se Bianca é forte, suas personagens anteriores não tinham nada parecido com a atual mutante. Gigi, a prostituta vivida por Nanda em Prova de Amor, sua primeira personagem na televisão, era iludida. E Latife, a repórter de Vidas Opostas, deslumbrada. "A Gigi é como a personagem da Júlia Roberts, de Uma Linda Mulher. Ela não tem vocação, ela cai ali. E, por sorte, conhece um homem que a transforma em uma mulher maravilhosa", resume. Apesar das diferenças entre suas personagens, a atriz considera que todas têm uma delicadeza particular e também algo de sofredoras. "A Bianca e a Gigi, por exemplo, são muito diferentes. Lá eu era uma menina simplória do interior, sem filhos. Agora, em Os Mutantes, sou mãe", comenta. Nanda, que não tem ninguém na família ligado a artes, conta como tudo começou na televisão. "Quando eu vim para o Rio, o Tiago Santiago já sabia que eu estava aqui. Me chamou. Era um teste, mas eu já estava encaminhada. Se fizesse bem, iria fazer a personagem Gigi", conta. Antes da TV, fez teatro e trabalhou com Paulo Figueiredo, Camila Amado e Nelson Antunes. "Trabalhei com um pessoal bacana no teatro, gosto de várias coisas como dança, cinema e musicais, mas estou gostando muito de televisão porque ela evidencia o ator", conta. Planos, a atriz tem muitos. Quer, junto com o marido, o diretor da novela Os Mutantes, Alexandre Avancini, começar a investir no cinema. "Estamos querendo fazer projetos para o cinema, o Alexandre já está com os roteiros, está começando a captar", esclarece. Quanto ao teatro, ela tem carinho especial por um dos personagens da escritora Lígia Fagundes Teles, a prostituta de A Confissão de Leontina. E quer representá-lo nos palcos. "Esse conto me marcou muito porque fala da história de uma prostituta sofrida, mas que luta, batalha. Sou melancólica por natureza", diz.

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