Casal de brasileiros alistado no Exército dos EUA vai para a guerra do Iraque
Fabiano e Ana Paula vão cuidar de prisioneiros e acompanhar comboios em Mossul. Morre mais gente em acidentes nas cidades que soldados por tiro e bomba, diz Fabiano.
Parentes e amigos tomaram um susto quando souberam: Fabiano e Ana Paula, aquele casal de brasileiros que se conheceu na Escola de Comunicação da UFRJ em 1996, estão indo para a guerra do Iraque.
Os dois se alistaram no Exército norte-americano no ano passado e seguem agora para Mossul, no noroeste do país, onde dizem não haver guerra química, biológica e/ou nuclear (áreas em que se especializaram). "Nosso esquadrão deve cuidar de processamento de prisioneiros e do escorte de comboios", explicou Fabiano.
Apesar de terem assustado as pessoas mais próximas, os dois não sentiram reprovação pela decisão. "A maioria deles (parentes e amigos) cai em 'não vai morrer numa guerra'. Eu rio e dou de ombros, pois tenho mais chance de morrer num acidente de trânsito do que de tiro ou bomba. Ademais, soldado vai pra guerra. É o que fazemos. Quem vive pela espada, aprende a viver com a idéia de não ser imortal", disse Fabiano, que pediu que o sobrenome dos dois não fosse publicado para não gerar problemas entre os militares.
"Preocupação com segurança pessoal, todos temos. Mas as estatísticas não são ruins. Morre muito mais gente em acidente de tráfego em qualquer cidade, do que soldados por tiro ou bomba, como mencionei. Tecnicamente, se você entra no seu carro em Sampa, indo para seu trabalho de manhã, você corre mais risco do que a maioria dos soldados. Óbvio, isso tudo, estatisticamente", disse Fabiano.
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